O tradicional desfile do dia 20 de setembro, que celebra o orgulho de ser gaúcho, foi substituído por cavalgadas solidárias em todo o Rio Grande do Sul na última quarta-feira. Em decorrência dos desastres naturais que provocaram enchentes, que atingiram o estado neste mês, as cavalgadas foram organizadas para arrecadar alimentos, roupas, água e materiais de higiene e limpeza para ajudar as vítimas das inundações.
As cavalgadas solidárias desempenharam um papel fundamental no cumprimento dos objetivos das entidades e dos tradicionalistas, ajudando às vítimas de enchentes. As cavalgadas continuam, mesmo depois de extinta a chama crioula deste ano, a chama da solidariedade continua viva. Cada cidade teve a sua ação em prol das vítimas de enchentes, demonstrando amparo e cuidados com aqueles que foram afetados pelo desastre.
 
Pelas Regiões:
 
Conforme contato das coordenadorias regionais, cada cidade desenvolveu seu método de arrecadação. A 1ªRT teve cavalgadas em Alvorada, Guaíba, Vale do Gravataí, Porto Alegre – dividida em 4 (Zona Norte, restinga, Belém Novo e Centro), arrecadando mais de 12 toneladas de alimentos, mais roupas, utensílios e materiais de higiene e limpeza.
A 14ªRT teve dois caminhões com donativos. A 7ªRT além de uma tonelada de alimentos conseguiram 100 doadores de sangue. A 23ª, região litorânea, teve ações em diversas praias, arrecadando quase meia tonelada de alimentos e roupas. A 22ª arrecadou em torno de 2 toneladas entre alimentos, material de limpeza, higiene e material escolar. “Desses, só os Festejos do Paranhana arrecadaram 1,5 toneladas. Uma das entidades, o CTG Sangue Nativo, também preparou marmitas para as refeições. Além disso, as prefeituras enviaram bombeiros, equipes para auxiliar nas limpezas. Das cavalgadas, em si, todas arrecadaram material de limpeza, em torno de mil itens, que serão enviados no início da próxima semana” – contou a coordenadora Carla Behs. A 25ªRT, sob a coordenação de Rodrigo Ramos, arrecadou 3.254 brinquedos, quase 4 toneladas de alimentos e 2.720 produtos de higiene e limpeza. A coordenadora da 21ªRT, Joicinara Voigt, confirmou uma tonelada de alimentos somente em Canguçu, além de cobertas, roupas e material de limpeza.
 
O Patrão do CTG de Muçum, 24ªRT, uma das cidades mais atingidas, Claudiomiro Mulinari, abriu as portas do Sentinela da Tradição, que serviu de “quartel-general” aos militares do Exército e outras equipes que se deslocaram para auxiliar na reconstrução da cidade. A entidade também está servindo como ponto de recebimento e distribuição de donativos e são servidas refeições aos moradores desabrigados.
 
A coordenadoria da 24ª RT complementou com o trabalho realizado pelo CTG Giuseppe Garibaldi, de Encantado, local que abrigou as forças armadas para pernoite e alimentação. O GAN Anita Garibaldi, foi ponto de recebimento e distribuição de agasalhos. Já no CTG Tropeiros da Amizade, de Roca Sales, virou mercado, farmácia e ponto de preparo e distribuição de alimentos. “Ainda realizamos as cavalgadas solidárias em Boqueirão do Leão – CTG Vinte de Setembro – CTG Bento Gonçalves, em Lajeado, e em Teutônia, o desfile solidário, assim como várias ações de recolhimento de donativos que foram repassados para os municípios mais atingidos” – disse Luce Carmen Mayer.
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