Na manhã de sexta-feira, 20 de setembro, Porto Alegre foi palco de uma das mais emocionantes manifestações de orgulho e tradição gaúcha: realizado na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, o evento reuniu milhares de pessoas para celebrar a Revolução Farroupilha, um marco histórico que simboliza a luta pela autonomia do Rio Grande do Sul, iniciada em 1835. A apresentação incluiu um desfile cívico-militar, o Desfile Temático e culminou com a tradicional passagem dos cavaleiros tradicionalistas. A abertura oficial foi feita pelo governador do Estado, Eduardo Leite, que falou sobre a importância da data para o Rio Grande do Sul.
“As forças de resgate foram fundamentais para os salvamentos, e tivemos por isso a participação de militares de outros estados, como Santa Catarina e Paraná, que conseguiram chegar até aqui. Este fato demonstra como o Brasil se uniu em favor do Rio Grande do Sul neste momento difícil. Tivemos um desfile temático cultural, que prestou uma justa homenagem especialmente a Jayme Caetano Braun, celebrando o centenário desse grande ícone. Além disso, o tradicional desfile do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), representando os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), simbolizam a sociedade civil, tão mobilizada nesse período de dificuldades que atravessamos. Ficamos felizes em ver o público comparecendo em peso, mesmo com o clima desfavorável, que deixou algumas pessoas receosas de vir. No entanto, a participação expressiva mostra a força da nossa gente”, declarou.
A estimativa é que ao todo cerca de 5 mil pessoas tenham participado das atividades, incluindo o público e os participantes dos desfiles.
“Esse momento farroupilha desperta em cada um de nós as nossas raízes mais profundas, é um tempo de reconstrução e união. Tenho certeza disso. O desfile temático, que há dez anos não acontecia, é fruto de um esforço coletivo – da Secretaria de Cultura e do Governo do Estado – e estamos trazendo uma temática que vem do fundo do coração de cada um. Foi algo que tocou a alma. Para nós, a Semana Farroupilha, com o acendimento da Chama Crioula, simboliza esperança e a reconstrução de um Rio Grande melhor, sempre melhor. O nosso Estado já caiu, já tombou e sempre se reergueu. E por quê? Por causa da garra do seu povo. O Rio Grande do Sul é terra de um povo aguerrido e bravo. Já fomos um país, já enfrentamos o Império, e sempre retomamos nossa força para seguir em frente”, afirmou a presidente do MTG, Ilva Goulart.
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